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O neoliberalismo pode ser compreendido atualmente, mais do que apenas uma lógica político-econômica, como uma ordem simbólica do capitalismo, uma “nova razão de mundo”. Suas normas sobressaem à esfera política e atuam intrinsecamente sobre os indivíduos, produzindo uma nova subjetividade pautada no desempenho, na eficiência e em resultados. Dentro dessa lógica que rege a vida, o indivíduo passa a ser compreendido como um sujeito neoliberal. É esse novo sujeito, que se desenvolve desde a década de 1970, o alvo do que Margareth Tatcher define como objetivo do neoliberalismo: “mudar a alma e o coração”.

Neste ensaio fotográfico para a Revista e-metropolis nº 32, Lucca Gonzales Mezzacappa aponta o olhar para o tal “Sujeiro Neoliberal” e o seu modo de vida nos grandes centros urbanos.

Segundo o texto de Mezzacappa, frente a essa norma existente em um sistema econômico calcado no crescimento desenfreado e nas crises por ele geradas, o sujeito neoliberal vê-se imerso em um cenário de constante cobrança e de impossibilidade de realização de desejos. Como aponta Franco Berardi, “a condição precária transforma os outros em inimigos potenciais, em competidores” (BERARDI, 2016).

Lucca Gonzales Mezzacappa é graduando em Arquitetura e Urbanismo e pesquisador bolsista sobre processos de empresariamento urbano, neoliberalização e financeirização de políticas urbanas no Grupo Indisciplinar, da Escola de Arquitetura da UFMG.

Veja o ensaio fotográfico completo na edição nº 32 da Revista e-metropolis.