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Cooperativismo e trabalho autogestionário

By 19/12/2012janeiro 18th, 2018Publicações

Cooperativismo e trabalho autogestionário: entre o real e o possível

No livro recém-lançado em Belo Horizonte, Cooperativismo e trabalho autogestionário: entre o real e o possível (Editora Appris, 2012), a autora Ana Beatriz Melo, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências sociais da PUC Minas, faz um consistente levantamento bibliográfico sobre questões que envolvem processo histórico e caracterização do movimento cooperativista na Europa e no Brasil. Destaca, também, os seus impactos sobre o movimento de economia solidária no Brasil, apresentando alguns debates teóricos e dados empíricos sobre a situação atual deste movimento, com suas ambiguidades, limitações e possibilidades.

O movimento de economia solidária tomou impulso no Brasil ao longo da década de 1990 a partir da reorganização de uma série de ações sociais já existentes no cenário nacional por meio de práticas de educação popular, propostas de recuperação de fábricas a partir de práticas autogestonárias, iniciativas associadas ao cooperativismo popular e ao novo sindicalismo, entre outras. Atualmente, fazem parte desse movimento experiências heterogêneas de produção, consumo, crédito e comercialização, que se norteiam pelos seguintes princípios: desenvolvimento sustentável, cooperação, democracia participativa, igualitarismo e autogestão.

As iniciativas solidárias têm enfrentado inúmeros desafios para se afirmar como autogestionárias num complexo cenário em que os processos de conscientização e de rompimento de referenciais subjetivo/culturais, pensados a médio e longo prazo, assumem papel vital. A partir daí, o livro “Cooperativismo e trabalho autogestionário: entre o real e o possível” desenvolve aproximações críticas e analíticas sobre as possibilidades e limitações deflagradas por tais processos, apresentando como ponto de partida uma concepção singular da autogestão como agenciamento coletivo produtor de subjetivações.

No livro, Ana Beatriz Melo busca analisar a autogestão como um processo de subjetivação. Tentando responder a esta questão, apoia-se na abordagem de esquizoanálise desenvolvida por Giles Deleuze e Félix Guattari, o que lhe permite conceber as experiências autogestionárias como construções sociais, históricas, políticas e subjetivas.

Como trabalho de campo, Ana Beatriz apresenta as conclusões de uma pesquisa que realizou junto a 21 mulheres que formaram a cooperativa Mulheres Mãos Amigas, no município de Contagem (MG), tendo o apoio da Obra Social Dom Bosco.

Ana Beatriz Trindade de Melo possui Graduação e Mestrado em Psicologia. É, atualmente, doutoranda em Ciências Sociais pela PUC Minas. Atua na área de Psicologia Social, com ênfase em movimentos sociais, mercado de trabalho, economia solidária, autogestão.

Para mais informações sobre o livro “Cooperativismo e trabalho autogestionário: entre o real e o possível”, acesse o site da Editora Appcis.

 

 

Com a colaboração da resenha escrita por Ana Maria Rodrigues de Oliveira – professora da PUC Minas.

Última modificação em 19-12-2012 18:17:10