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Foi prorrogada, até o dia 5 de fevereiro, o prazo para submissão de artigos individuais para a Conferência Anual RC21, que será realizada na Cidade do México, no período de 21 a 23 de julho de 2016. Com o tema “A cidade transgressiva: perspectivas comparativas em governança e possibilidades para a vida cotidiana na cidade global em emergência”, o evento propõe a reflexão sobre as normas sociais e as formas de Estado que têm sido desafiadas pela cidade.

A cidade transgressiva: Perspectivas comparativas em governança e possibilidades para a vida cotidiana na cidade global em emergência

Cidade do México, 21-23 de julho de 2016

A transgressão tem sido associada à vida urbana como uma forma de desafiar a autoridade. O anonimato urbano, por sua vez, pode oferecer oportunidades para transgredir as normas morais e sociais. A complexidade urbana pode desafiar pretensões de cálculo racional e, assim, estimular modos de açãoseguidos de formas de transgressão da racionalidade. A contínua transformação urbana desafia meios de controle do Estado. Muitos estudiosostêm correlacionado ideias como emancipação e rebelião à temática das cidades.Mas, para além da mobilização política, a cidade é vista como transgressiva, pois concentra a violência, tumultos, a polarização extrema, e informalidade.

Em articulação à Conferência RC21 Urbino sobre a cidade ideal para prospectar o Encontro Anual RC21 de 2016, nós propomos pensar reflexivamente em como as normas sociais e as formas de Estado têm sido desafiadas pela cidade. Ao invés de questionarmos qual é a maneira ideal, sugerimos refletir no que é indesejável e a quem. Se, por exemplo, a cidade “ingovernável” é indesejável apenas para alguns, o que podemos fazer para reverter o olhar comparativo e normativo? In-governabilidade, ou a ilusão da governança, pode ser vista como uma transgressão aos objetivos do estado moderno de ordem e controle. Pensar sobre a goverança em termos trangressivos requer uma reflexão das formas dominantes de “boa governança”.

Transgressão é sempre relacionada a uma série de normas cujas quais variam consideravelmente ao longo do tempo e do espaço. A comparação faz com que o conjunto de nor(te)mativas de conceitos usados nas ciências sociais venham à luz: Estado, renda, cálculo racional, entre outros, são palavras que modelam nossa avaliação da “ingovernabilidade” e a ilusão da governança. Por exemplo, a Cidade do México pode ser “ingovernável” sob um ponto de vista de Tóquio ou Paris, onde o Estado tem muito força de presença e um histórico bastante diferente. Mas, como a cidade pode ser trabalhada cotidianamente apesar de sua complexidade? Qual é o significado da vida cotidiana para os habitantes desses locais?

Este é um campo onde o trabalho etnográfico se torna bastante proveitoso. Quais as possibilidades que emergem da vida cotidiana em vários contextos, norte, sul, oeste, leste? Quais são as normas cotidianas nesses contextos? Quais são as novas formas de desafios transgressivos à ordem do Estado moderno e sua visão de cidade ideal?

Recrutamos propostas que tenham um olhar direcionado a esses temas:

  1. a)      A ilusão da governança e da ingovernabilidade
  2. b)     Formas não estatais de autoridade, como grupos de bairro, polícia cidadã, igrejas etc.
  3. c)      Os desafios da comparação urbana, particularmente quando pensados a partir do “Sul”
  4. d)     Transgressão, resistencia, e formas em emergência de ação política urbana
  5. e)      Violência

Para maiores informações, acesse: http://rc21-mexico16.colmex.mx/

Contato: Arturo Álvaro Mendoza –  rc21ciudad2016@colmex.mx.

Última modificação em 04-02-2016 14:39:28